Número de crianças com autismo aumenta 30% em 2 anos nos EUA.

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Uma em cada 68 crianças americanas tem , de acordo com as estimativas reveladas nesta quinta-feira (27) pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos, o que representa um aumento de 30% em comparação com os números anteriores, divulgados em 2012. Há dois anos, uma em cada 88 crianças sofria transtornos do espectro autista, segundo o informe dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo americano.

 

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/03/numero-de-criancas-com-autismo-aumentou-30-em-2-anos-nos-eua.html

 

Uma a cada 68 crianças americanas tem autismo, segundo relatório.
Aumento expressivo pode estar associado a melhora nos diagnósticos.

Sawyer Whitely (à esq.) e Michael Mendoza usam Xbox com Kinect em programa para autistas nos Estados Unidos (Foto: Paul J. Richards/AFP)
Escola americana, de Virgínia, tem centro especializado em testar videogames para autistas jovens; na foto, Sawyer Whitely (esq.) e Michael Mendoza usam Xbox com Kinect (Foto: Paul J. Richards/AFP)

Segundo a agência Reuters, os pesquisadores do CDC afirmaram que as informações foram obtidas por meio da análise de crianças de 11 comunidades e podem não representar toda a população nacional. Eles também não investigaram por que as taxas subiram tanto, mas há algumas pistas. Neste último relatório, quase metade das crianças identificadas como autistas tinham QI médio ou acima da média. Há uma década, somente um terço das crianças identificadas como autistas estavam nessa situação.

“Pode ser que os médicos estejam ficando melhores em identificar essas crianças; pode ser que exista um número crescente de crianças com autismo com habilidades intelectuais mais altas, ou pode ser uma combinação de melhores diagnósticos com aumento da prevalência”, disse Coleen Boyle, diretora do Centro Nacional de Defeitos Congênitos e Deficiências de Desenvolvimento do CDC.

Alguns especialistas acreditam que as taxas mais altas refletem o fato de que pais, médicos e professores estão prestando mais atenção no autismo, o que resultaria em mais crianças sendo diagnosticadas com o distúrbio.

Para o estudo, foram avaliados histórico médico, escolar e outros registros de crianças de 8 anos de 11 comunidades americanas para determinar se elas tinham autismo.

O relatório aponta que a distribuição geográfica do número de crianças autistas é irregular: enquanto uma a cada 175 crianças no Alabama tem a doença, em Nova Jersey, o distúrbio foi identificado em uma a cada 45 crianças.

De acordo com esses números, o autismo é quase cinco vezes mais comum em meninos do que meninas. Entre os meninos, um a cada 42 são afetados e, entre as meninas, uma a cada 189 são afetadas. A pesquisa também concluiu que há mais crianças brancas do que negras ou hispânicas afetadas pelo autismo.

Segundo a pesquisa, a maioria das crianças com autismo são diagnosticadas depois dos 4 anos de idade, embora a síndrome possa ser detectada a partir dos 2 anos. “Temos que fazer mais para diagnosticar crianças antes”, diz Coleen. “A detecção precoce do autismo é a ferramenta mais eficaz que temos para fazer a diferença na vida dessas crianças”, garante.

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1 comentário

  1. Cumprimentos, uma bela e generosa iniciativa que vem cooperar para que se possa alterar esta realidade ….. com alegria, recebemos esta informação…. abraços fraternos, Luiz;