Tinta “verde” explode na feira da Filadélfia

http://www.quimica.com.br/revista/qd421/ice2003_1.htm


O maior evento da indústria de tintas dos Estados Unidos, a International Coatings Expo 2003 (ICE 2003), ou Exposição Internacional de Tintas, realizada entre 12 e 14 de novembro no Centro de Convenções da Pensilvânia, revelou o compromisso dessa indústria, estigmatizada por produtos agressivos ao meio ambiente e aos trabalhadores, com o desenvolvimento de produtos mais aceitáveis sob o ponto de vista ambiental (nt.: destaque dado pelos organizadores do site). Resinas à base d’água, produtos com baixíssimo ou nulo teor de solventes, e máquinas estanques, que diminuem ou eliminam o contato dos operadores com produtos perigosos, deram o tom do evento na Filadélfia, cidade que por última vez se dedicou à exposição em fase de transferência para Chicago, em 2004.


Outra empresa européia, a Rhodia Additives, também compareceu à ICE 2003 para oferecer novos antiespumantes ao mercado. Foram cinco novos produtos da linha Rhodoline, destinados a formulações de revestimentos, adesivos e tintas para impressão: DF 6120 (à base d’água, para formulações muito sensíveis ao custo, incluindo tintas látex com alta fração de pigmentos); DF 6130 (base óleo, para formulações desde fortemente ácidas até suavemente alcalinas); DF 6160 (base óleo vegetal, indicado para tintas com baixo teor ou livres de orgânicos voláteis, em particular tintas de impressão para embalagens alimentícias e adesivos); DF 6600 (base óleo, próprio para tintas arquitetônicas à base d’água); e DF 6681 (à base de óleo e glicol éster, ideal para sistemas aquosos como adesivos sensíveis à pressão e tintas de alto brilho).


Segundo o gerente nacional de distribuição Richard Marsh, da área de revestimentos de alto desempenho, a característica comum a todos esses produtos é a ausência de tensoativos à base de EPA (em inglês, alkylphenol ethoxylate, ou alquilfenol etoxilato), prejudiciais à saúde humana (nt.: destaque dado pelos organizadores do site). Essas substâncias, produtos da reação de alquilfenóis ramificados – os mais comuns são nonilfenol e octilfenol (nt.: destaque dado pelos organizadores do site) – com óxido de etileno, sofrem crescente resistência na Europa. Na Inglaterra já foram totalmente banidos. Marsh afirma que a rejeição à substância começa a crescer também nos Estados Unidos, mas ainda é pequena. “Apenas 10% dos visitantes que procuraram a Rhodia demonstraram alguma preocupação com o uso de EPA”, atestou.