Environmental Health Perspectives

http://www.ehponline.org/members/2006/9016/9016.html

Environmental Health Perspectives Volume 114, Number 11, November 2006

 

Pesquisa

Decrescem os níveis de Testosterona Livre no Sangue de Trabalhadores Expostos a Altas Quantidades de Di-n-butil Ftalato (DBP) e Di-2-etilhexil Ftalato (DEHP): Um estudo seccional cruzado na China.

Guowei Pan,1 Tomoyuki Hanaoka,2,3,4 Mariko Yoshimura,5 Shujuan Zhang,1 Ping Wang,5 Hiromasa Tsukino,2 Koichi Inoue,6 Hiroyuki Nakazawa,6 Shoichiro Tsugane,2 and Ken Takahashi3

 

1Department of Environmental Epidemiology, Liaoning Provincial Center for Disease Prevention and Control, Shenyang, People's Republic of China; 2Epidemiology and Prevention Division, Research Center for Cancer Prevention and Screening, National Cancer Center, Tokyo, Japan; 3Department of Environmental Epidemiology, University of Occupational and Environmental Health, Kitakyushu, Japan; 4Department of Hygiene and Preventive Medicine, Showa University, School of Medicine, Tokyo, Japan; 5Department of Infectious Disease, Shenyang Municipal Center for Disease Prevention and Control, Shenyang, People's Republic of China; 6Department of Analytical Chemistry, Faculty of Pharmaceutical Sciences, Hoshi University, Tokyo, Japan

 

Síntese

Fundamentos: Observações adversas sobre efeitos no desenvolvimento e reprodutivo em animais de laboratório e na vida selvagem favoreceram o crescimento da preocupação pública com respeito ao potencial de vários químicos quanto a prejudicar fertilidade humana.

Objetivo: Nosso objetivo neste estudo foi acessar o efeito ocupacional de exposições a altos níveis de ésteres de ftalatos no equilíbrio da gonadotrofina e os hormônios das gônadas incluindo o hormônio luteinizante; hormônio folículo-estimulante, testosterona livre e estradiol.

Métodos: Nós examinamos amostras de urina e sangue de 74 trabalhadores homens junto a uma fábrica que produz pavimento de PVC (polyvinyl chloride)  não espumado expostos ao di-n-butil ftalato (DBP) e ao di-2-etilhexil ftalato (DEHP), comparando-os com amostras de 63 trabalhadores homens de uma companhia de construção, grupo comparado por idade e pelo status de fumante.

Resultos: Comparados aos trabalhadores não expostos, os expostos apresentaram concentrações substanciais e significativas de mono-n-butil ftalato (MBP ; 644.3 vs. 129.6 µg/g creatinina, p < 0.001) e mono-2 -etilhexil ftalato (MEHP ; 565.7 vs. 5.7 µg/g creatinina, p < 0.001) . fT (nt.: free Testosterone – testosterona livre) foi significativamente menor (8.4 vs. 9.7 µg/g creatinina, p = 0.019) em trabalhadores expostos do que os não expostos. fT (nt.: ver acima) foi negativamente correlacionada ao MBP (r = –0.25, p = 0.03) e ao MEHP (r = –0.19, p = 0.095) no grupo dos expostos. A análise de regressão revelou que a fT decresce significativamente com o aumento nas contagens de éster total de ftalato (a soma dos quartis de MBP e MEHP ; r = –0.26, p = 0.002) .

Conclusão: Nós observamos uma redução modesta e significativa da fT no sangue nos trabalhadores com os mais altos níveis de MBP e MEHP na urina, comparada com os trabalhadores não expostos.

Palavras chaves: di-n-butyl phthalate (DBP) , di-2-ethylhexyl phthalate (DEHP) , free testosterone (fT) , mono-n-butyl phthalate (MBP) , mono-2-ethylhexyl phthalate (MEHP) , occupational exposure. Environ Health Perspect 114:1643–1648 (2006) . doi:10.1289/ehp.9016 available via http://dx.doi.org/ doi:10.1289/ehp.9016 disponível via http://dx.doi.org/ [Online 27 de Julho de 2006].

 

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, fevereiro de 2007.