Óleo de Soja, Obesidade e Diabetes

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Aceite de Soya

Resumo da História.

  • Ratos alimentados com óleo de aumentaram significativamente seu peso, gordura corporal, diabetes, intolerância à glicose e resistência à insulina quando comparados com os que foram alimentados com gordura de coco;
  • Também detectou-se que a alimentação com óleo de desencadeia os genes relacionados à , diabetes, inflamação, função mitocondrial e ao ;
  • Num estudo com pacientes com enfermidade cardíaca, quando trocaram as gorduras saturadas de animais por óleos vegetais omega-6 como o óleo de soja, causou-lhes um maior risco de morte.

 

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2015/08/05/soybean-oil-obesity-diabetes.aspx

 

By Dr. Mercola

O óleo de soja é o mais comum utilizado nos Estados Unidos. No entanto, este é um fenômeno relativamente novo. Antes de 1900 ele era inexistente. Costumava-se cozinhar com banha e manteiga. Agora, os alimentos processados ​são as principais fontes de óleo de soja (além de outros ingredientes feitos de soja).

Na década de 1950, as gorduras saturadas (saturated fats) foram condenadas porque supostamente elevavam, nas pessoas, os níveis de colesterol e enfermidades do coração. Esta teoria foi, desde então, considerada como equivocada. Mas, nos consultórios médicos e para os reguladores de nutrição pública, ainda persiste.

O óleo de soja parcialmente hidrogenado foi desenvolvido para trocar as gorduras saturadas como a manteiga e a banha de porco no provimento alimentar. Os consumidores não só aceitaram esta alteração, como também os fabricantes de alimentos o utilizaram ainda mais devido a seu baixo custo, sua longa vida de prateleira e por sua estabilidade a temperatura ambiente.

Só havia um problema: os óleos parcialmente hidrogenados são fontes de gordura trans, que agora são conhecidas como causadoras de problemas de saúde crônicos como obesidade, asma, enfermidade autoimune, câncer e degeneração óssea.

Sem dúvida, inclusive se se eliminar o processo de hidrogenação, o óleo de soja segue sendo prejudicial para a saúde. Enquanto as gorduras trans estão sendo agora eliminadas dos alimentos processados ​​devido a seus altos ricos para a saúde, o óleo de soja ainda segue sendo um produto aceito… No entanto, não deveria ser—e aqui se tem a razão.

O Óleo de Soja Causa Obesidade e Diabetes—A Gordura de Coco Não

Recentemente, pesquisadores projetaram uma série de quatro dietas para investigarem os efeitos das gorduras saturadas (gordura de coco) em comparação com as gorduras insaturadas [óleo de soja (soybean oil)], assim como o efeito da frutose, tanto na obesidade como na diabetes (diabetes).1

Seus resultados mostram quão retrógrados são a maioria dos conselhos nutricionais, quando sugerem que os óleos vegetais eram melhores do que as gorduras saturadas…Os ratos alimentados com uma dieta alta em gordura de coco se mantiveram sãos, mas quando agregaram óleo de soja tiveram um aumento significativo em seus pesos,  gordura corporal, diabetes, intolerância à glicose e resistência à insulina.

A adição de óleo de soja resultou, inclusive, ser pior do que a frutose. O óleo de soja causou um prolapso retal e aparecimento de gordura no fígado (nt.: esteatose hepática).

Também se detectou que a alimentação com óleo de soja ativa os genes relacionados à obesidade, diabetes, inflamação, função mitocondrial e câncer. Os pesquisadores concluíram:

“Em conjunto, nossos resultados indicam que, nos ratos, o alto fornecimento de óleo de soja na alimentação é mais prejudicial para a saúde metabólica do que uma alta dieta com frutose ou gordura de coco.”

O Óleo de Soja Geneticamente Modificada É Promovido como uma Alternativa ‘Saudável'

O óleo de soja convencional contém aproximadamente 55% de ácido linoleico que é uma gordura polinsaturada. A transnacional DuPont criou uma variedade de soja transgênica (OGM) com baixo conteúdo de ácido linoleico e mais alto teor em  ácido oleico, que é o tipo que beneficia o coração e que se encontra no azeite de oliva (olive oil).

Como resultado, a DuPont sustenta que o óleo feito de sua soja geneticamente modificada (GM), chamado Plenish, é “saudável para o coração”.2  Já a também desenvolveu um tipo de soja com baixo conteúdo linoleico chamada Vistive Gold que é estável sem necessidade de hidrogenação. Espera-se que ambas estejam disponíveis para sua venda em algum momento em 2015: “sempre e quando se lhes outorgue as aprovações chave de importação”.

No entanto, será a soja transgênica realmente mais saudável que as variedades convencionais? Muito pouco provável! Segundo traz um estudo apresentado na reunião anual 97 da Endocrine Society em San Diego, Califórnia.

O óleo de soja GM apresenta os mesmos problemas de saúde que o óleo de soja convencional, incluindo: desencadear a obesidade, diabetes e gordura no fígado em ratos. Não parece causar resistência à insulina, que supostamente era seu único beneficio.

Não obstante, mudar de um óleo de soja regular por uma versão GM efetivamente não é a resposta. Ninguém sabe quais serão os efeitos na saúde a longo prazo e o que temos visto com os produtos atuais de soja transgênica no mercado é que oferecem pouca tranquilidade.

O fato é que 94% de soja cultivada nos Estados Unidos já é geneticamente modificada,3 simplesmente foi modificada para que resistisse aos herbicidas e não necessariamente para que tivesse um conteúdo baixo em ácido linoleico. E esta é a razão suficiente para evitar seu uso…

Porque Consumir Soja GM É uma Má Ideia…

A soja Roundup Ready agora é cultivada em grande escala em todo o mundo, junto com o aumento do uso exponencial do Roundup (nt.: IMPORTANTÍSSIMO – O PRINCÍPIO ATIVO DELE, GLIFOSATO, É CONSIDERADO CANCERÍGENO). A pesquisa vem demonstrado que esta soja tem diferenças significativas entre sua composição de soja GM e as variedades convencionais.4

Contrário às afirmações da indústria, a pesquisa detectou que também diferem quanto à qualidade nutricional, a soja orgânica tem o perfil nutricional mais saudável. Segundo os autores, “este estudo nega de que a soja GM seja ‘substancialmente equivalente' a soja convencional”.

Ademais, “a soja Roundup Ready” da Monsanto é geneticamente modificada para suportar doses letais de glifosato, o princípio ativo deste herbicida.

O trabalho também confirmou que a soja GM continha altos resíduos de glifosato,5 que em parte poderia ser o culpado por aumentar as taxas de numerosas enfermidades crônicas nas sociedades ocidentalizadas, segundo uma investigação publicada no periódico Entropy.6

Um relatório escrito pela Dra. Stephanie Seneff, cientista pesquisadora no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e por Anthony Samsel, um consultor de ciências aposentado, argumenta de que os resíduos de glifosato “melhoram os efeitos daninhos de outros resíduos químicos e toxinas ambientais transmitidos pelos alimentos, com a intenção de interromper as funções normais do corpo e induzir às enfermidades”.A Monsanto vem afirmando incondicionalmente de que o Roundup é inofensivo para os animais e humanos devido a que o mecanismo de ação que utiliza (o que lhe permite matar as ervas nativas), chamado a via de shikimato, está ausente em todos os animais.

Sem dúvida, a via shikimato está presente nas bactérias e esta é a chave para entender como é que causa este dano sistêmico generalizado nos seres humanos e animais.

O glifosato causa perturbação extrema na função e ciclo de vida dos micróbios. E o que é pior, o glifosato afeta preferentemente as bactérias benéficas, o que permite que os agentes patógenos se desenvolvam e tomem o controle.

A Dra. Seneff revisou uma variedade de enfermidades crônicas, explicando a maneira em que o glifosato contribui a cada condição. Na realidade ela nos abre os olhos!

Tudo isso inclui (mas não é limitada) ao que segue. E, por certo, não se imagine de que o Departamento de de Estados Unidos /USDA (nt.: equivalente ao nosso ministério da agricultura) esteja conectado com isso e que analisaria os alimentos que comemos para detectar níveis perigosos de glifosato. Um porta-voz do USDA informou este órgão oficial havia decidido não fazer as análises de glifosato nos alimentos em função de ser um processo de análises “extremadamente caro… para realizá-las regularmente”.7

Lista de enfermidades:

1. ;

2. Enfermidades gastrointestinais tais como enfermidade inflamatória do intestino, diarreia crônica, colites e enfermidade de Crohn;

3. Obesidade (Obesity);

4. Alergias;

5. Enfermidade cardiovascular;

6. Depressão;

7. Câncer (Cancer);

8. Infertilidade;

9. Enfermidade de Alzheimer;

10. Doença de Parkinson;

11. Esclerose múltipla;

12. Esclerose lateral amiotrófica, e mais.

O Óleo de Soja Afeta sua Proporção de Gorduras Omega-3 e Omega-6

As agências de desde muito tempo promoviam o consumo de, pelo menos, uns 5 a 10% da necessidade diária de de gorduras polinsaturadas tipo ômega-6, como óleos vegetais e dizem que ao reduzir o consumo de ômega-6 dos níveis atuais provavelmente aumente o risco de sofrer uma enfermidade cardíaca.

Desgraçadamente, este conselho piora em lugar de melhorar a saúde, já que comer gorduras ômega-6 danificadas em demasia e muito pouca gordura ômega-3 (omega-3) predispõe-nos aos mesmo problemas de saúde que intenciona evitar, como a enfermidade cardiovascular, câncer, depressão, doença de Alzheimer, artrites reumatoide e diabetes, só para nomear algumas.

As gorduras ômega-6 são pró-inflamatórias e contribuem à resistência à insulina e à leptina,  alterando assim seu estado de humor e prejudicando o aprendizado e a reparação celular. A maioria das pessoas, especialmente as dos Estados Unidos, sentem-se culpados deste desequilíbrio de gorduras ômega-3 e ômega-6. Para corregi-lo, em geral, precisam fazer duas coisas:

  • Diminuir significativamente as gorduras ômega-6 ao evitar os alimentos processados e aqueles ​​cozidos a altas temperaturas com o uso de óleos vegetais; e
  • Aumentar o consumo de gorduras ômega-3 de origem animal, saudáveis para o coração, tais como o óleo de kril e de sardinhas.

Tanto as gorduras ômega-3 como as ômega-6 são PUFAs/polyunsaturated fatty acids (nt.: sigla em inglês de ácidos graxos poliinsaturados) e são essenciais para a saúde, mas quando se consome em demasiada gorduras ômega-6, começam os problemas—e inclusive mais se elas estiverem danificadas devido ao processamento. Um dos problemas com estes PUFAs é que quimicamente são muito instáveis e altamente susceptíveis ao dano e desnaturação pelo calor e pela exposição à luz e ao ar.

Quando se come em demasia os PUFAs, incorporam-se excessivamente nas membranas . Em função destas gorduras serem instáveis, as células se tornam frágeis e propensas à oxidação, o que leva a todo tipo de problemas de saúde, como a aterosclerose. De fato, em um estudo quando os participantes trocaram as gorduras saturadas de fontes animais por gorduras ômega-6 de fontes vegetais, tiveram um maior risco de morte entre os pacientes com enfermidades cardíacas.8

O grupo que consumiu ácido linoleico de ômega-6 teve um risco de 17% maior de morrer de uma enfermidade cardíaca durante o período do estudo, em comparação com os 11% entre o grupo de controle (as pessoas que não receberam nenhum assessoramento alimentício). O grupo que ingeriu ômega-6 também teve um maior risco de mortalidade por qualquer causa.

As Mudanças das Gorduras Trans Poderiam Não Ser as Melhores…

A maioria dos que estão lendo isso já conhecem os perigos do óleo de soja parcialmente hidrogenado (é dizer, gordura trans) e que a Administração de Alimentos e Medicamentos (nt.: sigla em inglês – FDA-Food and Drugs Administration) está num processo de proibi-las por completo. Esta é uma grande notícia, mas a pergunta é: por qual gordura a substituirão?

A resposta é que os óleos que atualmente se está utilizando em lugar das gorduras trans criam produtos de oxidações tóxicas, que de fato podem ser mais venenosos do que as gorduras trans. Nina Teicholz é uma jornalista investigativa e autora do livro The Big Fat Surprise: Why Butter, Meat, and Cheese Belong in a Healthy Diet  (nt.: A Grande Surpresa da Gordura: Por Que a Manteiga, a Carne e o Queijo Pertencem a Uma Dieta Saudável). Um parágrafo de seu livro diz:

“Encontrei-me com este tema, porque um vice presidente da Loders Croklaan [IOI Group], grande produtor de gorduras e óleos, disse-me: ‘Acabo de escutar esta aterradora informação dada por um homem de uma empresa que faz toda a limpeza em restaurantes de comida rápida/'fast food‘… Disse que estão tendo muitos problemas porque os restaurantes já começaram a eliminar as gorduras trans de suas fritadeiras lá por 2007… Os novos óleos acumulam imundícies nos esgotos e nas paredes.

Este tipo de sujeira endurece e os trabalhadores têm que raspá-la por dias sem ter sucesso algum. Os produtos de limpeza convencionais não funcionam. Resulta que estas substâncias químicas são altamente voláteis e ficam em suspensão no ar. Quando se lava os uniformes dos restaurantes, as substâncias químicas são tão voláteis que tinham problemas com as pilhas de uniformes que entravam em combustão espontânea nas carrocerias dos caminhões. E logo colocaram nas secadoras. No entanto, só o calor das secadoras, depois de se lavar os uniformes do restaurante, já causavam incêndios.” [O ênfase é meu]

A outra questão é que as gorduras trans estão sendo substituídas e os restaurantes e empresas de produção de alimentos estão regressando ao uso de óleos vegetais regulares (como o de amendoim, milho e óleo de soja) para fritar. Mas estes óleos ainda apresentam o problema preocupante de converter-se em produtos de oxidação tóxicos quando são aquecidos. Mais de 100 perigosos produtos de oxidação encontrou-se em uma só peça de frango frito nos óleos vegetais (vegetable oils), diz Nina.

“‘Em primeiro lugar, esta é a razão porque os óleos vegetais foram endurecidos para poderem ser utilizados', disse. ‘Não havia maneira de que fossem utilizados como óleo. Criaram uma tecnologia que se descobriu como usá-los como óleo ao alterarem, realmente, a estrutura de ácidos graxos nos óleos, e assim chega o óleo vegetal engarrafado ao mercado como o óleo marca Wesson (nt.: até 2009 era feito de óleo de algodão e a partir dai passa a ser uma mistura de canola, milho, soja e girassol) e feito com canola na década de 40.

Mas mesmo naquele tempo, em uma série de experimentos com animais, houve resultados tremendamente preocupantes. Os animais desenvolveram cirrose hepática ou aumento do fígado. E então quando começaram a ingerir óleos vegetais aquecidos, principiaram a morrer prematuramente.'”

Como Focar-se em Gorduras e Óleos Verdadeiramente Saudáveis

Muitas pessoas necessitam aumentar a gordura saudável na sua alimentação a uns 50 a 85% de suas calorias diárias. Isso inclui não só as gorduras saturadas, mas também as gorduras monoinsaturadas (do abacate e das nozes) e as ômega-3. Quando se trata de gorduras para cozinhar, poucas se comparam com o sebo e a banha de porco, em termos de benefícios para a saúde e segurança, apesar da gordura de coco (coconut oil) ser uma boa opção de óleo vegetal.

Tenha em conta que a maioria dos alimentos processados são altas em gorduras ômega-6, incluindo o óleo de soja. Continuar consumindo-os só lhe garante a piora na relação entre ômega-3 e omega-6. As principais fontes de ácidos graxos ômega-6 que a redução somente traria benefícios, são:

1. Óleo de milho (Corn oil);

2. Óleo de canola;

3. Óleo de soja;

4. Gorduras hidrogenadas ou parcialmente hidrogenadas;

5. ;

6. Gordura vegetal.

Por outro lado, os óleos saudáveis incluem os que estão a seguir. Não se preocupe de inclui-los em sua alimentação. Para mais informações sobre as gorduras saudáveis, procure ler meu Plano de Nutrição (nutrition plan):

  • Azeite de oliva extra virgem de alta qualidade (utilizá-lo para comidas frias, não para cozinhar);
  • Gordura de coco (Coconut oil);
  • Abacates (Avocados);
  • Manteiga feita de leite orgânico;
  • Gorduras extraída da cocção de carne animal também pode ser útil.

Fontes e Referências

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